sábado, 6 de junho de 2009

A cidade da moda, do design e da não-Itália

Eu não gostei de Milão. Enquanto ia do Aeroporto de Malpensa de ônibus para a Estação Central, a primeira impressão foi de que a cidade é muito grande para o que tinha imaginado, feia e com as negativas que a civilização traz: sujeira, em todos os aspectos. Naquele trajeto pude ver que os carros da Fiat são bem diferentes dos nossos, mas que a poluição visual com propagandas políticas são parecidas. Ao contrário de Paris e Amsterdã, pouquíssimas bicicletas pelas ruas. Durante aquele percurso decidi me lembrar de que foi opção minha não ler sobre o destino antes para não criar expectativa e que, então, se fosse bom seria ótimo e que se fosse ruim só não seria tão legal assim.

Os dias se passaram e posso afirmar que não voltaria lá se não fosse, de novo, pela companhia. O Du me recebeu na Estação conforme combinado e pude sentir o quanto é bom termos um rosto conhecido em um lugar diferente, em que não podemos falar a nossa língua, ou não nos comunicar devidamente, sob qualquer forma que seja.

O Du é um talento, embora estudante, já um grande publicitário. Antenado, moderno, inteligente. Me ensina muito sobre estratégias, mercado e que tipo de profissional ser neste meio perigoso que se chama "corporação": também o conheci em São Paulo.
Diferente da Mila, Lora e Lieske, não trabalhamos tão diretamente em um Projeto específico, mas ele era uma das estrelas com as quais eu contava para conseguir entregar alguns trabalhos pontuais e importantes.

E assim, Milão valeu! Tomamos muito gelato e lembrei do porque Elizabeth Gilbert, escritora de Comer, Rezar, Amar, engordou 13kg em quatro meses na Itália. Ah, falando nisso, fico feliz que Milão não seja a Itália, Paris não seja França, Amsterdã não seja Holanda e Rio de Janeiro não seja Brasil, assim, teremos motivo para voltar e conhecer outras impressões que não somente as primeiras.

Fomos ao quadrilátero da moda e, estando com o Du, impossível não divagar sobre as "Lojas Conceito" - Armani: divino!

Enfim, Milão é a Igreja Duomo, naquela praça aberta que reúne todas as nacionalidades e raças que se encontram pela cidade, em uma celebração calma, bem italiana, com pães, salame, vinho e gelato.

A Duomo levou 500 anos para ser construída e lembra o estilo gótico de Sacre Coeur ou Notre Dame, em Paris. Em frente à ela há uma galeria belíssima, ó ragazza, chamada Victorio Emmanuele II, que concentra outras Lojas Conceito e restaurantes charmosíssimos, que ali se revelam a Itália que imaginei encontrar em Milão.
Esta galeria demorou 90 anos para ficar pronta e o jovem idealizador, primeiro a usar cristais em vidro como cobertura, morreu sem que antes a visse realmente - também pudera.

Para fechar o passeio, após passarmos pelo Brera, o que seria a Vila Madalena de São Paulo, andamos pelo Naviglio, o quase equivalente a andar pelo Rio Sena em Paris ou pelos canais de Amsterdã. Lá comemos uma pizza, Mama Mia! e, depois, matamos o dia a andar pelo Lago di Como, estilo Argentino, com o que seria a Cordilheira no fundo, em divisão com o Chile, mas lá, menos simples; já que se faz a linha que separa da Suíça, onde pudemos ver os Alpes ainda com neve!

Findamos a noite com um belo Maccherone a Carbonara regada il vino Merlot!

2 comentários:

Teca Camargo disse...

Adorei o post... mas preciso fazer um comentario de arquiteta....
Notre Dame de Paris tem estilo gotico... mas Sacre Coeur NAO!!! Ela tem estilo romanico bizantino!!!!

Bárbara Teles disse...

ahahahaha
se esse blog virar livro, vou TER que publicar seu comentaaaaario!!
ebaaaaaaaa

po, mas disseram que era gotica
=(
nao vou corrigir o erro, ta?!

*Não adesão à nova regra gramatical.